Monday, January 30, 2006
Voltada para o céu...
Voltada para o céu, tudo o que sinto em volta é vago. Só as ideias de nós prevalecem e os dados não jogam mais nas casas certas. Aqui estou, sem fôlego nem razão só de te lembrar e ao teu sorriso que faz tremer o céu. Os cabelos fogem-me ao vento e a razão também.
Voltada para o céu, de queixo erguido para o vento, o mar tão longe que não sei, sonho. O tempo é mesmo o inimigo, as tréguas que podia dar ecoam-me na saudade e suponho, talvez nada me faça parar. Voltada para a Lua, idolatro a dor que trago no peito cantando-a.
Eis que me lembro de ti.
No meio do Inverno, a cidade que vejo silencia e eu paro, "dizer que te amo é como uma cabeça de alfinete no Universo", dos meus olhos húmidos saem pautas de sonhos e só a tua existência me representa a realidade.
Já não há dores nem demoras que me afastem do meu ninho.
Thursday, January 26, 2006
Porque me dói o coração?
Lenta e quieta a sombra vasta
Cobre o que vejo menos já.
Pouco somos, pouco nos basta.
O mundo tira o que nos dá.
Que nos contente o pouco que há.
A noite, vindo como nada,
Lembra-me quem deixei de ser,
A curva anónima da estrada
Faz-me lembrar, faz-me esquecer,
Faz-me ter pena e ter de a ter.
Ó largos campos já cinzentos
Na noite, para além de mim,
Vou amanhã meus pensamentos
Enterrar onde estais assim.
Vou ter aí sossego e fim.
Poesia! Nada! A hora desce
Sem qualidade ou emoção.
Meu coração o que é que esquece?
Se é o que eu sinto que foi vão,
Porque me dói o coração?
in Poesias de Fernando Pessoa
Cobre o que vejo menos já.
Pouco somos, pouco nos basta.
O mundo tira o que nos dá.
Que nos contente o pouco que há.
A noite, vindo como nada,
Lembra-me quem deixei de ser,
A curva anónima da estrada
Faz-me lembrar, faz-me esquecer,
Faz-me ter pena e ter de a ter.
Ó largos campos já cinzentos
Na noite, para além de mim,
Vou amanhã meus pensamentos
Enterrar onde estais assim.
Vou ter aí sossego e fim.
Poesia! Nada! A hora desce
Sem qualidade ou emoção.
Meu coração o que é que esquece?
Se é o que eu sinto que foi vão,
Porque me dói o coração?
in Poesias de Fernando Pessoa
Monday, January 23, 2006
Thursday, January 19, 2006
Irmã
Hoje o post é dedicado à minha irmã, que apesar de estar longe estará sempre no meu coração.
Para que serve uma irmã?
Se não sabem eu digo:
Estar disponível, no mínimo, 25 horas por dia;
Aconselhar-te em tudo que possas fazer;
Ajudar-te quando parece que tudo se virou contra nós;
Crescer contigo...
Por tudo que passamos, apesar das nossas pequenas discussões que passavam logo, por esses anos a crescer juntas, orgulho-me imenso de ter uma irmã como tu!
Obrigado do fundo do coração e sei que mesmo assim é pouco.
Sunday, January 15, 2006
Thursday, January 12, 2006
Sunday, January 08, 2006
Wednesday, January 04, 2006
Lua
Nem um ruído se nota ao longo da rua...
Um soluço, um abraço... nada no ar...
Um sussurro escondido à beira da lua,
Um lamento arrastado, alguém a passar...
Que força a da noite quando a Lua aparece
e eu lembro... se eu pudesse esquecer...
As ruas encontram-se, como quem tece
Fragmentos daquilo a que chamo anoitecer...
Que só a Lua parece esta noite no céu...
É como se soubesse como é por vezes ser eu,
Como dói a minha alma no final de cada dia...
Também ela brilha quando, na verdade, chora...
Que dor imensa... que triste que é vê-la agora...
Que vontade de a tocar, de lhe pedir que sorria...
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