Monday, January 30, 2006

Voltada para o céu...


Voltada para o céu, tudo o que sinto em volta é vago. Só as ideias de nós prevalecem e os dados não jogam mais nas casas certas. Aqui estou, sem fôlego nem razão só de te lembrar e ao teu sorriso que faz tremer o céu. Os cabelos fogem-me ao vento e a razão também.
Voltada para o céu, de queixo erguido para o vento, o mar tão longe que não sei, sonho. O tempo é mesmo o inimigo, as tréguas que podia dar ecoam-me na saudade e suponho, talvez nada me faça parar. Voltada para a Lua, idolatro a dor que trago no peito cantando-a.
Eis que me lembro de ti.
No meio do Inverno, a cidade que vejo silencia e eu paro, "dizer que te amo é como uma cabeça de alfinete no Universo", dos meus olhos húmidos saem pautas de sonhos e só a tua existência me representa a realidade.
Já não há dores nem demoras que me afastem do meu ninho.

1 comment:

Anonymous said...

Não sei que caminho é este que estou a trilhar. Vim por aqui, sem olhar bem para as placas.
Não tenho nenhuma indicação. Tão pouco sei se tem rumo.
Parece-me um caminho embelezado de árvores vistosas e frescas. O Sol penetra pela sua folhagem e deixa um rasto de luz que encandeia agradavelmente.
Mas é um caminho cheio de ruídos.
“Então vamos abafar o barulho do exterior, para sentir o silêncio interior”.