Saturday, April 29, 2006
Das cavernas...
Se morreres, sais de ti, vês-te de fora, dizes adeus a esse reflexo distorcido de ti próprio. Não és monstro, és humano e dás-te aos outros. Outros não te querem para nada, então sentes-te usado ou inútil? Enquanto roeres as unhas, reteres a urina, tirares macacos do nariz e borrares-te todo és humano. És um Humano das Cavernas, atado às sombras que vê. Pronto a atacar e a ser atacado. Pronto a lutar pela sobrevivência e pelo prazer. És humano, bolas!, ninguém disse que eras perfeito!, se fosses, conformavas-te. Procuras o alimento que te dê sustento, a criatividade que te leve a ver além dos contornos. Mesmo assim, ainda tentas fugir de ti...o único sobrevivente da caverna.
Thursday, April 27, 2006
Tuesday, April 25, 2006
Alone
Há coisas nas quais não deveriamos pensar, apenas ignorar... mas o facto é que para muitas pessoas é bastante complicado. Ver que as coisas são diferentes daquilo que gostariamos que fossem e sentir um aperto dentro de nós, é dificil de suportar. Talvez seja porque não estamos habituados...talvez seja porque queremos que tudo seja perfeito...talvez...
Tuesday, April 18, 2006
"Tantas coisas
na minha vida tinham mudado, até o meu aspecto; mas quando desembrulhei a traça do seu sudário do funeral, era a mesma espantosamente bela criatura que no dia em que a enterrara. Parecia estar a usar um vestido em tons suaves de cinzento e castanhos(...). Tudo acerca dela parecia belo e perfeito, e tão completamente imutável. Se apenas uma coisa na minha vida tivesse sido a mesma durante aquela minha primeira semana em Quioto... Enquanto pensava nisto a minha mente começou a girar como um turbilhão. Impressionou-me que nós - a traça e eu - fossemos dois extremos opostos. A minha existência era tão instável como a de um ribeiro, mudando de todas as maneiras; mas a traça era uma peça de pedra, não mudando em nada. Enquanto pensava este pensamento, estiquei um dedo para sentir a superfície aveludada da traça; mas quando a esfreguei com a ponta do dedo, mudou-se imediatamente numa pilha de cinzas sem um som sequer, sem querer um momento em que eu a pudesse ver desmoronar-se. (...) e agora compreendi a coisa que tinha andado a intrigar-me durante a manhã toda. O ar bafiento foi-se embora lavado. O passado tinha desaparecido. O meu pai e aminha mãe estavam mortos e não havia nada que eu pudesse fazer para mudar isso. Mas suponho que durante o último ano também tinha andado morta. E a minha irmã... sim, ela tinha-se ido embora; mas eu não. (...) senti como se me tivesse virado para olhar numa direcção diferente, de maneira que já não olhava para trás, para o passado, mas para a frente em direcção ao futuro. E agora a pergunta que me confrontava era esta: o que iria ser esse futuro?"
In Memórias de uma gueixa
Arthur Golden
In Memórias de uma gueixa
Arthur Golden
Monday, April 17, 2006
E quem disse
que eu não posso inventar a minha verdade? posso me permitir voar com as palavras, brincar de ser poeta... olhar o sol pela janela, fechar meus olhos e imaginar grandes histórias... essa é a minha verdade... essas são minhas palavras, às vezes desencontradas, vezes bem elaboradas... mas não apenas verdades inventadas da alma de uma mulher... a minha alma...
Saturday, April 15, 2006
Só eu vejo...
Só eu vejo, ninguém mais sabe e só eu sinto. Só eu vejo de fora o que é dor, só eu sei. O grito que sempre calei no lugar do meu lamento, a água que cai no vidro sem que mais ninguém a ouça ou dê por ela. Só eu choro.
Desperto ao largo das ruas o instante que me limpa a alma, é como ver a ironia nos teus olhos, há dias em que me dói a tua luz que me é tudo. As palavras custam, é verdade, e se é difícil escondê-las é pior fingi-las, ainda me doem os segredos que enganei em vão, é tudo uma questão de tempo, tudo acaba por voltar para nós.
Eu sei que ando muitas vezes sem saber para onde, sei que grito sem saber a quem; eu, soluço por dentro o tempo todo, sem saber que mão espero que me limpe as lágrimas... Não vês que só a tua luz é o meu sol, que só o teu carinho me abraça a dor, que só tu me deixas no peito o pouco de riso que tenho, sem ti nem eu era possível como sou... Eu morro todos os dias um pouco, todas as noites perco algo de mim.
Desperto ao largo das ruas o instante que me limpa a alma, é como ver a ironia nos teus olhos, há dias em que me dói a tua luz que me é tudo. As palavras custam, é verdade, e se é difícil escondê-las é pior fingi-las, ainda me doem os segredos que enganei em vão, é tudo uma questão de tempo, tudo acaba por voltar para nós.
Eu sei que ando muitas vezes sem saber para onde, sei que grito sem saber a quem; eu, soluço por dentro o tempo todo, sem saber que mão espero que me limpe as lágrimas... Não vês que só a tua luz é o meu sol, que só o teu carinho me abraça a dor, que só tu me deixas no peito o pouco de riso que tenho, sem ti nem eu era possível como sou... Eu morro todos os dias um pouco, todas as noites perco algo de mim.
Friday, April 14, 2006
Que Deus
Não sou Católica nem crente, sou da opinião que cada Ser é uma religião, cada pessoa acredita no que lhe dá forças para continuar esta caminhada...
Deixo aqui esta música para reflectirem um pouco.
Que tenham uma Páscoa Feliz!!!
Quem quer que sejas, onde quer que estejas
Diz-me se é este o mundo que desejas
Homens rezam, acreditam, morrem por ti
Dizem que estás em todo o lado mas não sei se já te vi
Vejo tanta dor no mundo pergunto-me se existes
Onde está a tua alegria neste mundo de homens tristes
Se ensinas o bem porque é que somos maus por natureza?
Se tudo podes porque é que não vejo comida á minha mesa?
Perdoa-me as dùvidas, tenho que perguntar
Se sou teu filho e tu amas porque é que me fazes chorar?
Ninguém tem a verdade o que sabemos são palpites
Se sangue é derramado em teu nome é porque o permites?
Se me destes olhos porque é que não vejo nada?
Se sou feito á tua imagem porque é que durmo na calçada?
Será que pedir a paz entre os homens é pedir demais?
Porque é que sou discriminado se somos todos iguais?
Porquê que os Homens se comportam como irracionais?
Porquê que guerras, doenças matam cada vez mais?
Porquê que a Paz não passa de ilusão?
Como pode o Homem amar com armas na mão? Porquê?
Peço perdão pelas perguntas que tem que ser feitas
E se eu escolher o meu caminho, será que me aceitas?
Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não sei
Eu acredito é na Paz e no Amor
Por favor não deixes o mal entrar no meu coração
Dou por mim a chamar o teu nome em horas de aflição
Mas tens tantos nomes, és Rei de tantos tronos
E se o Homem nasce livre porque é que é alguns são donos?
Quem inventou o ódio, quem foi que inventou a guerra?
Ás vezes acho que o inferno é um lugar aqui na Terra
Não deixes crianças sofrer pelos adultos
Os pecados são os mesmos o que muda são os cultos
Dizem que ensinaste o Homem a fazer o bem
Mas no livro que escreveste cada um só leu o que lhe convém
Passo noites em branco quase sem dormir a pensar
Tantas perguntas, tanta coisa por explicar
Interrogo-me, penso no destino que me deste
E tudo que acontece é porque tu assim quiseste
Porque é que me pões de luto e me levas quem eu amo?
Será que essa é a justiça pela qual eu tanto reclamo?
Será que só percebemos quando chegar a nossa altura?
Se calhar desse lado está a felicidade mais pura
Mas se nada fiz, nada tenho a temer
A morte não me assusta o que assusta é a forma de morrer
Porquê que os Homens se comportam como irracionais?
Porquê que guerras, doenças matam cada vez mais?
Porquê que a Paz não passa de ilusão?
Como pode o Homem amar com armas na mão? Porquê?
Peço perdão pelas perguntas que tem que ser feitas
E se eu escolher o meu caminho, será que me aceitas?
Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não sei
Eu acredito é na Paz e no Amor
Quanto mais tento aprender, mais sei que nada sei
Quanto mais chamo o teu nome menos entendo o que te chamei
Por mais respostas que tenha a dúvida é maior
Quero aprender com os meus defeitos, acordar um homem melhor
Respeito o meu próximo para que ele me respeite a mim
Penso na origem de tudo e penso como será o fim
A morte é o fim ou é um novo amanhecer?
Se é começar outra vez então já posso morrer
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Boss AC
Wednesday, April 12, 2006
Memórias de uma Gueixa
"Sayuri tinha um olhar invulgarmente belo, de um cinzento translúcido, aquático, a reflectir numa míriade de cristais límpidos o brilho prismático e incandescente do universo pefeito e atroz sobre o qual repousava. Era uma transparência súbita, inesperada, a contrastar violentamente com a estranha opacidade branca da máscara onde sobressaíam uns lábios exageradamente vermelhos. E se os olhos ainda reflectiamChiyo, a menina de nove anos, filha de pescadores, de uma cidade remota, junto ao mar, a máscara inquietantemente delicada, o penteado ostensivo, a suptuosidade dos quimonos de brocados, ricamente ornamentados, pertenciam à mulher em que ela se tinha tornado, Sayuri, uma das mais célebres gueixas do Japão dos anos 30. É este mundo anómalo, secreto e decadente, construído sobre cenários de papel de arroz e que parece ser manifestação da própria fantasia erótica masculina que Goldem evoca com uma autenticidade notável e um lirismo requintadamente raro. Um romance sobre o desejo e a natureza indomitável do espírito humano; desafiador, caivante pela pureza da prosa, pela prodigalidade das nuances, das atmosferas, das imagens esculpidas com a precisão e subtileza da arte do bonsai."
Infelizmente ainda não tive a oportunidade de ver o filme, mas, hoje resolvi comprar este livro... assim poderei dar asas à minha imaginação.
Tuesday, April 11, 2006
Sunday, April 09, 2006
Envelhecemos
[Entre] a noite e o dia
o tudo e o nada
o sim e o não
a vida e a morte a alegria e a angústia o verdadeiro e o falso o só e o acompanhado o sorriso e a lágrima o desejo e a insatisfação o cheio e o vazio o básico e o complexo o quente e o frio o silêncio e o barulho a paz e a guerra o céu e o inferno a glória e o fracasso a ilusão e a desilusão a liberdade e a dependência o dormir e o acordar a segurança e o perigo o amor e o ódio o cansaço e a euforia o confortável e o incómodo o limpo e o sujo o olá e o adeus o prazer e a dor o compensado e o punido o ignorado e o reconhecido o movimento e a inércia a certeza e a dúvida a antecipação e a hesitação o esforço e a preguiça a espera e o atraso o interessante e o vulgar a abundância e a escassez o tranquilo e o irritado o preto e o branco o certo e o errado o igual e o diferente a memória e o esquecido a vergonha e o orgulho o passado e o futuro o comum e o bizarro a festa e a ressaca a loucura e a insanidade e entre o dia e a noite...
o tudo e o nada
o sim e o não
a vida e a morte a alegria e a angústia o verdadeiro e o falso o só e o acompanhado o sorriso e a lágrima o desejo e a insatisfação o cheio e o vazio o básico e o complexo o quente e o frio o silêncio e o barulho a paz e a guerra o céu e o inferno a glória e o fracasso a ilusão e a desilusão a liberdade e a dependência o dormir e o acordar a segurança e o perigo o amor e o ódio o cansaço e a euforia o confortável e o incómodo o limpo e o sujo o olá e o adeus o prazer e a dor o compensado e o punido o ignorado e o reconhecido o movimento e a inércia a certeza e a dúvida a antecipação e a hesitação o esforço e a preguiça a espera e o atraso o interessante e o vulgar a abundância e a escassez o tranquilo e o irritado o preto e o branco o certo e o errado o igual e o diferente a memória e o esquecido a vergonha e o orgulho o passado e o futuro o comum e o bizarro a festa e a ressaca a loucura e a insanidade e entre o dia e a noite...
Saturday, April 08, 2006
Frozen
How can life be what you want it to be
You're frozen when your heart's not open
You're so consumed with how much you get
You waste your time with hate and regret
You're frozen when your heart's not open
Mmmmmmm... If I could melt your heart
Mmmmmmm... We'd never be apart
Mmmmmmm... Give yourself to me
Mmmmmmm... You are the key
Now there's no point in placing the blame
And you should know I'd suffer the same
If I lose you, my heart would be broken
Love is a bird, she needs to fly
Let all the hurt inside of you die
You're frozen when your heart's not open
Mmmmmmm... If I could melt your heart
Mmmmmmm... We'd never be apart
Mmmmmmm... Give yourself to me
Mmmmmmm... You are the key
You only see what your eyes want to see
How can life be what you want it to be
You're frozen when your heart's not open
Mmmmmmm... If I could melt your heart
Mmmmmmm... We'd never be apart
Mmmmmmm... Give yourself to me
Mmmmmmm... You are the key
Mmmmmmm... If I could melt your heart
Mmmmmmm... We'd never be apart
Mmmmmmm... Give yourself to me
Mmmmmmm... You are the key
Thursday, April 06, 2006
Insomnia
E assim que ela me chama...
Eu sou da noite
Sem cor
Sem vida
Sem dormir
Para ver o dia acordar
Saturday, April 01, 2006
Pensamentos
que se perdem, sentimentos fora do lugar, olhar distante e coração batendo descompassado...
Paro na rua e vejo as pessoas indo e vindo, tento adivinhar o que se passa dentro de cada uma delas...
Passiva?
Talvez...
Paro na rua e vejo as pessoas indo e vindo, tento adivinhar o que se passa dentro de cada uma delas...
Passiva?
Talvez...
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