eu soubesse o outro lado, o caminho de que todos fogem e que tanto anseio, se eu soubesse, por um dia, a paz da inexistência, onde os passos que transpiro seriam nada mais do que passado.
A vida não me apetece, nem outro dia igual neste sítio onde ninguém vê a sombra com que desfilo a cada momento - nem tu, ainda que me passeie com a minha mágoa diante dos teus olhos todo o tempo.
Como é ténue a diferença, a linha que te separa da calma que há tanto espero, como cansa a luta que já não travo em nome da minha esperança aguda. Como queria que a noite caísse mais uma vez, de vez. Já não sei ficar aqui, os fragmentos que antes foram eu, já só me afogam o sorriso, tira-me deste sítio onde chove o tempo todo e onde já não tenho espaço para ficar, não há ninguém que me apresse o tempo?, nem tu, nem mesmo tu alguma vez creste a solidez das minhas palavras - não vias que me saíam do peito??
A vida não me apetece...
Sunday, February 12, 2006
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1 comment:
É raro rever-me em palavras de outras pessoas... mas revi-me completamente no teu belo texto... acho que sofremos do mesmo...
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